O setor de papel e celulose é um dos que mais tem crescido nos últimos anos devido à alta procura de empresas, restaurantes e pessoas por produtos mais sustentáveis. Nesse sentido, o papel se apresenta como um potencial substituto do plástico, uma vez que possui um tempo de degradação menor na natureza. Além da produção, a exportação também está em evidência, e as previsões são de um investimento bilionários no setor nos próximos anos.
Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (IBA), em 2021 a taxa de exportação aumentou em 4,3% o que estimulou a ampliação do plantio de árvores e instalação de novas indústrias no setor até 2023. Dessa forma, existe uma previsão de investimento de mais de R$ 35 bilhões vindo aí. E todos os setores da cadeia produtiva da celulose serão beneficiadas, desde aqueles que plantam as árvores até os que fornecem peças para o funcionamento das indústrias de papel.
Empresas como a Krominox, uma das maiores produtoras de tubos de aço inoxidável para produção de celulose no Brasil, prevêm maior investimento e ampliação da produção em 2022, com o objetivo de atender a nova demanda do setor. Segundo o CEO da companhia, Marcos Barbosa, os 25 anos de atuação da empresa nesse mercado conseguem trazer experiência sobre o ramo a ponto de preparar a demanda com certa antecedência. Além disso, ele ressalta que a empresa oferece um catálogo amplo com tubos de diferentes bitolas e laminação, com o intuito de dar maior flexibilidade no momento da compra.
Todavia, a Krominox ainda aponta seu diferencial que seria a personalização, com a customização das peças conforme a necessidade de cada cliente. Afinal, os projetos industriais são planejados conforme a planta do local e podem requerer condições e formatos diferenciados. Dessa forma, a empresa visa produzir peças que otimizem a produção de celulose e evitem perdas potenciais, gerando economia a longo prazo. Ademais, o aço inoxidável é um produto sustentável, favorecendo a ideia de responsabilidade ambiental buscada na atualidade.
Conforme dados do Ministério de Minas e Energia, do Governo Federal, o Brasil é o segundo maior produtor de celulose no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos da América. Nosso país foi responsável pela produção de 11,3% do total de celulose mundial o que equivale a 21 milhões de toneladas. Além disso, o Brasil foi consagrado como o maior exportador de celulose em 2020, com mais de 15 milhões enviadas para fora do país.
A reciclagem do papel também coloca o Brasil em uma posição de destaque, tendo em vista a busca constante pela sustentabilidade. Em 2020, o país registrou uma taxa de mais de 70% de reciclagem do papel, enquanto a média global é de 59,1% apenas. E não para por aí. Nos últimos 50 anos o país teve uma evolução no uso de fontes renováveis para produção de papel e celulose, passando de 54% em 1970 para 89% em 2020.
Tudo isso reflete um mercado estável que coloca o Brasil em uma posição de destaque na exportação de celulose perante os demais países. Isso tudo beneficia a economia do país e estimula cada vez mais os investimentos no setor.