O que fazer em Nashville, Tennessee, uma das cidades mais divertidas dos EUA - 22/07/2021 | Diário do Grande ABC

2022-04-19 07:48:52 By : Ms. flora wang

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O que fazer em Nashville, Tennessee, uma das cidades mais divertidas dos EUA

Paulo Basso Jr. Do Rota de Férias

22/07/2021 | 15:56 Comentário(s) Comunicar erros

Tem farra, bebida proibida, churrasco dos bons e música, muita música. Não à toa, quem procura o que fazer em Nashville, Tennessee, descobre rapidinho que a cidade carrega a alcunha de Music City (Cidade da Música).

Berço do country nos Estados Unidos, a capital do estado transpira diversão dia e noite, o que faz dela uma espécie de Las Vegas dos sul do país. Sem cassinos, é verdade, mas com semelhante concentração de despedidas de solteiros por metro quadrado, bem como uma galera de todas as idades disposta a aproveitar a vida como se não houvesse amanhã.

Foi fácil entrar no clima e descobrir o que fazer em Nashville, Tennessee. Assim que cheguei à Broadway, a avenida mais turística da cidade, ouvi gritos entusiasmados de mulheres. Não, não era empolgação com o repórter, mas com qualquer um que passasse pela frente.

Havia cinco ou seis garotas vestidas de preto, circundando outra de branco, com direito a véu e… minissaia. Era a noiva e suas amigas, algumas delas com perucas coloridas, cambaleando lentamente enquanto carregavam as sandálias (ou botas) de salto alto nas mãos.

A cena se repetiu na esquina seguinte. E na outra. E também dentro do vagão puxado por um trator que apontou no meio da rua, com direito até a uma jacuzzi para a galera se refrescar.

Ainda atônito com aquilo tudo, quase fui atropelado por uma dezena de ciclistas que, na verdade, pedalavam sobre os bancos fixos de uma espécie de caminhonete, sem mover-se à direção alguma, a não ser aos copos de cervejas servidos diante deles, em um balcão central. É difícil descrever como aquela traquitana funciona, mesmo porque, àquela altura, já estava praticamente cego diante dos letreiros com luzes de néon que, insistentemente, piscavam para mim.

Pontuados por músicos que se apresentam nas janelas (isso mesmo) expostas das fachadas, de costas para rua, em pequenos palcos voltados para o interior dos estabelecimentos, eis que surgem os honky tonks, como são conhecidos os animados bares com bandas ao vivo típicos do interior dos Estados Unidos – já ouviu a música Honky Tonk Woman, dos Rolling Stones?

Ali na Broadway, por cerca de cinco quarteirões, você tropeça em um (às vezes, literalmente) e cai no outro. Foi assim que, ainda tentando me adaptar a toda aquela confusão, ouvi, em alto e bom som, uma agitada batida de country vinda de um deles. As notas do banjo eram confundidas apenas com o estalar das botas de couro replicando pelo chão.

Cinco passos adiante e a sintonia mudou para rock, com riffs de guitarra se distorcendo no exato instante em que um poderoso jato de fumaça foi solto em quem estava dentro – e fora, como eu – do bar. Não tinha mais jeito: o sol nem tinha se mandado por completo e só restava render-me à deliciosa balbúrdia de Nashville da melhor maneira possível: jogando-me de cabeça.

Perdi a conta de quantos honky tonks entrei. Uns 10 ou 15, talvez. Renata Ribeiro, uma amiga soteropolitana que passou algum tempo a trabalho na cidade, me apresentou os que estão na moda, como o Luke Bryan’s 32 Bridge e o Jason Aldean’s Kitchen – que, inclusive, são interligados. Por sorte, ela sabia bem o que fazer em Nashville, Tennessee.

Fomos também aos mais tradicionais, como o Tootsies Orchid Lounge, o The Stage on Broadway e o Acme Feed & Seed. Deu tempo de passar pelos mais cheios, como o Honky Tonk Central e o Rippy’s Bar & Grill, e até nos que estavam mais vazios, a exemplo do Famous Nashville(na 2nd Ave) e do Bootleggers Inn.

Quase todos esses bares têm em comum, além das bandas ao vivo, o fato de contar com um rooftop (espaço no telhado, geralmente avarandado), onde a galera faz os tetos da Broadway chacoalharem de segunda a segunda enquanto dançam e se acotovelam para pegar cervejas (em geral, locais, como as da Yazoo ou da Hap and Harrys) ou drinques no balcão. Detalhe: até às 3h da manhã, algo raro nos States.

Se costumam dizer que o que acontece em Las Vegas, fica em Las Vegas, o que rolou naquela noite em Nashvegas, como eles chamam por lá, veja bem… Eu conto para todo mundo! Mesmo que nossa próxima parada tenha sido na Ole Smoky Distillery/Yee-Haw Brewing Co, um honky tonk enorme situado na região do SoBro, o sul da Broadway, ainda no centro da cidade.

Ali também tem banda ao vivo, assim como uma área aberta com um food truck que serve o famoso frango frito local, chopeiras que tiram copos bem servidos e gelados da cerveja artesanal da casa e (shhh, não conte para ninguém) uma parede forrada de moonshines.

Para quem não sabe, o termo é usado para descrever bebidas destiladas com alto teor alcoólico produzidas, geralmente, de forma ilícita a partir do mosto do milho – e engarrafadas antes da suavização com água que dá origem, por exemplo, ao bourbon.

Desde a Lei Seca, que perdurou nos Estados Unidos de 1920 a 1933, é difícil encontrar moonshines à venda no país, mas, como em Nashville vale tudo, diversos estabelecimentos da região conseguiram permissão para comercializá-los.

A Ole Smoky Distillery prepara até uma degustação na qual, por US$ 5, você pode provar 13 sabores em pequenas doses. Isso mesmo, 13. E o atendente fez questão de deixar claro que, uma vez no copo, não poderia recusar. Missão dada, missão cumprida.

Daí para frente, só não conto mais detalhes porque não lembro direito. Parece que a pobre Renata, que nem tinha bebido, estacionou o carro em um lugar proibido, por engano, e o encontrou com travas nas rodas. Só sei que, após tudo se resolver, voltei para casa tranquilão e, no dia seguinte, estava em busca de mais o que fazer em Nashville, Tennessee.

O sol raiou e, como a música não pode parar, era hora de conhecer os excelentes museus de Nashville dedicados ao tema. O principal deles é o Country Music Hall of Fame, situado no centro, pertinho da Broadway (que, a essa hora, cheirava à ressaca).

O prédio imponente, que remete a um enorme piano, fica em frente a uma espécie da calçada da fama com placas de ídolos da música country. Há um ingresso mais simples e outro completo, que dá acesso ao RCA Studio B, um dos estúdios de gravação mais famosos do mundo.

No horário agendado previamente no site, o ônibus partiu do museu rumo ao local em que Elvis Presley gravou nada menos que 250 músicas – isso ocorreu depois que ele deixou a lendária Sun Studio, em Memphis, a cerca de três horas de carro dali.

O tour foi guiado por uma animada senhora de cabelos brancos compridos que, ainda no caminho, apresentou alguns prédios históricos de Nashville. Já no RCA Studio B, todos os visitantes foram questionados a respeito de onde vinham: França, Canadá, Alemanha, Brasil…

Gente do mundo inteiro vai até lá, diariamente, para ver de perto as salas e os instrumentos usados por nomes como Chet Atkins, Eddy Arnold e Roy Orbison. O piano favorito de Elvis, preto e reluzente, é o destaque do estúdio. A turma fez fila para tirar fotos simulando que o tocava. E eu entrei na onda, todo feliz.

Em determinado momento, a guia mencionou que o excêntrico Rei do Rock gostava de usar iluminações coloridas para gravar certar canções. Assim, o estúdio ficou vermelho enquanto rolava (You’re the) Devil in Disguise, azul durante Are You Lonesome Tonight e verde em It´s Now or Never.

Momentos depois, ela apagou as luzes e solicitou que todos fechassem os olhos para ouvir, com incrível acústica, How Great Thou Art, imaginando Elvis bem ali, entoando sua poderosa voz, exclusivamente, para nós. Teve quem chorou ao final da música. O repórter? Ah, deixa para lá.

Depois de cerca de uma hora de visita no RCA Studio B, já estava de volta ao Country Music Hall of Fame. Com dois andares, o lugar é farto em referências ao estilo musical, com instrumentos, roupas e detalhes que contam a trajetória desde Minnie Pearl até Alan Jackson.

Fiquei chateado por não entender muito de country, pois se percebe que tudo por lá é apresentado com cuidado, agradando bastante aos fãs. Um dos destaques da exposição é um Cadillac branco com maçanetas de ouro, TV e geladeira, que pertenceu a Elvis Presley. Ele o usava constantemente para viajar de Memphis, onde morava, até Nashville, para gravar.

O local abriga ainda o Hall da Fama, com os nomes dos principais expoentes do country exibidos em uma ampla sala circular, para que todos tenham a mesma importância. Anualmente, novas plaquinhas são adicionadas por lá após disputadas eleições, com referência ao “círculo que nunca se fechará”.

Como toda boa atração americana, no final do museu há uma loja. Fiquei um tempo ali admirando uma das paredes do espaço, repleta de discos de ouro que criam um efeito lindíssimo.

Logo adiante, ainda nas dependências do Country Music Hall of Fame, deparei com a Hatch Show Print, um das primeiras casas do mundo a imprimir pôsteres de shows. O local ainda está na ativa e já produziu cartazes de B.B King e Bob Dylan a Coldplay e Katy Perry.

Por cerca de US$ 15 é possível levar um para casa. Dá também para visitar a gráfica. Para quem procura o que fazer em Nashville, Tennessee, está aí algo bem original, mas achei que a lojinha estava de bom tamanho. Mesmo porque ainda tinha muitos lugares para visitar antes que a Broadway me raptasse por mais uma noite.

É bem pertinho da fuzarca da Broadway, por sinal, que fica uma das atrações principais para quem procura o que fazer em Nashville, Tennessee, o Ryman Auditorium.

Erguido no final do século 19 como uma igreja, o local logo se transformou em palco de apresentações culturais, sobretudo musicais, graças ao poder acústico. De 1943 a 1974, foi usado como cenário de gravação do Grand Ole Opry, o programa de rádio que está no ar, sem interrupções, há mais tempo no mundo (e sobre o qual vou contar outros detalhes, mais à frente).

Durante esses e outros anos, passaram por seu palco nomes como Louis Armstrong, James Brown, Ray Charles, Diana Ross, Aretha Franklin, Garth Brooks e Bob Dylan, entre muitas outras lendas. Isso sem contar Bill Monroe e sua banda, que em 1945 apresentaram por lá, pela primeira vez, o ritmo bluegrass.

Apesar dos estilos diversos, o Ryman Auditorium ganhou à alcunha de Igreja Matriz do Country. Em declaração à revista Rolling Stone, o cantor David Gray deu sua opinião a respeito da casa de shows: “Seu ar é cheio de fantasmas, e suas paredes são repletas de música”.

Fiquei sabendo de todos esses detalhes no tour guiado pelo backstage. Descobri, inclusive, que sempre usaram madeira brasileira no palco, justamente por ter melhor qualidade. A maior parte dela foi substituída há alguns anos, mas o trecho frontal, que exibe coloração mais clara, foi mantido do projeto original. Mesmo quem faz o passeio autoguiado, que é mais barato, pode subir ali, no “solo sagrado do country”, e fazer uma foto com microfone ou violão.

A diferença do tour completo é que ele dá acesso aos camarins. Foi em um deles, por exemplo, que o já famoso Johnny Cash resolveu pedir um autógrafo para a também estrela June Carter. Naquela noite de 1956, reza a lenda, ele teria dito a ela que iriam se casar.

A cantora e compositora desdenhou, mesmo porque o Homem de Preto já era casado e tinha má fama, com vários problemas relacionados a drogas. Ela ainda não sabia que, 13 anos depois, eles passariam a viver juntos – e para sempre.

A história do casal é contada no excelente filme Johnny e June. Mas os fãs de Cash, como eu, têm outra parada obrigatória na hora de montar o roteiro com o que fazer em Nashville, Tennessee.

“Olá, eu sou Johnny Cash”. A singela frase com a qual o compositor de I Walk The Line costumava abrir seus shows estampa a parede de entrada do Johnny Cash Museum, a uma quadra da Broadway.

O espaço, apesar de pequeno, é muito agradável. Foi montado por Bill Miller, um dos melhores amigos do cantor e compositor, e exibe roupas, acessórios, partituras, poemas, desenhos, campanhas ativistas e instrumentos.

Totens com tablets permitem ouvir as mesmas músicas replicadas em fitas cassete, discos de vinil, CDs e MP3, entre outros formatos. Dá também para “comandar” Cash em um estúdio e assistir a alguns documentários. Um dos elementos que mais me tocou foi a carta que Cash escreveu ao voltar do funeral de June, bastante emocionante.

O Johnny Cash Museum fica no mesmo prédio do Patsy Cline Museum, dedicado à lenda do country. Ao lado está o Johnny Cash’s Bar And BBQ, restaurante que traz referências ao cantor desde a bandeja em que a comida é servida até as bandas que se apresentam por lá, diariamente. Eu adorei.

Só não pedi sobremesa, pois logo em frente fica a Goo Goo Shop, loja que vende um tal de cluster, o doce mais badalado da cidade, feito com chocolate, caramelo, amendoim e marshmallow. A casa está em quase todas as listas sobre Para quem procura o que fazer em Nashville, Tennessee, mas confesso que achei um pouco açucarado demais.

Já era de noite quando cheguei à Grand Ole Opry House, a moderna casa de shows que, hoje, serve de palco para a gravação do famoso programa de rádio de Nashville. Por ingressos que giram em torno de US$ 70 é possível ver o espetáculo, que rola em diversos dias da semana.

Durante aproximadamente duas horas, mais de 10 bandas ou duplas se apresentam, tocando duas ou três músicas cada. O detalhe é que, no centro do palco, há um corte de piso redondo, de madeira mais clara, que foi levado do Ryman Auditorium para lá justamente para os artistas se sentirem no “solo sagrado do country”, em meio ao “círculo que nunca se fechará”.

Ao longo da gravação, ouvi desde baladas até canções mais agitadas, todas elas de country. Os apresentadores também cantam, e o clima é divertido. Tem banjo, bandolim, baixo, guitarra, violão e até violino. Vez por outra, uma galera famosa dá as caras por lá.

Não dei a sorte de ver um grande nome, mas curti a experiência, mesmo porque a Grand Ole Opry House fica no complexo Opry Mills, um baita shopping com lojas que os brasileiros adoram e diversos restaurantes. Renata, minha amiga, garantiu que era ali, no Mission BBQ, que eu comeria o melhor churrasco típico do sul dos Estados Unidos.

Pedi os dois carros-chefes da casa: o brisket, um corte de boi cozido por muitas horas, lentamente, e o pulled pork, espécie de pernil desfiado e defumado. Que delícia. Agradeci minha amiga pelo resto da noite.

E olha que ela foi longa, com direito a despedidas de solteiros, honky tonks, moonshines e tudo aquilo que a Broadway me dava direito. Realmente, não falta o que fazer em Nashville, Tennessee.

Nashville é uma cidade grande, repleta de oportunidades. Confira o que fazer em Nashville, Tennessee, para completar o roteiro:

Esta ponte de treliça sobre o Rio Cumberland, pertinho da Broadway, rende lindas fotos. Dela se tem uma bela vista do Nissan Stadium, a casa do Tennessee Titans, time de futebol americano de Nashivlle.

Há muito o que fazer em Nashville, Tennessee, como ver uma réplica do Parthenon de Atenas no Centennial Park, uma das áreas verdes da cidade. Ocorre que o destino, antes de ganhar a alcunha de Cidade da Música, era tida como uma referência em educação, a “Atenas do Sul”.

A obra foi construída em m 1897 como parte da Exposição do Centenário do Tennessee. Hoje, abriga um museu, com destaque para uma estátua de 13 metros de altura, ornamentada com mais de 3,6 kg de folhas de ouro, da deusa Atena.

Quem já assistiu ao programa Caçadores de Relíquias, que no Brasil passa no canal History, vai adorar essa loja, a segunda nos Estados Unidos que pertence aos protagonistas da série – a sede fica em Le Claire, no Iowa.

Tem um pouco de tudo no espaço, desde bonecos gigantes do Elvis Presley até uma múmia peruana e uma máquina com uma cigana que responde perguntas.

O local fica no Marathon Village, um shopping construído em uma antiga montadora de automóveis que concentra ainda lojas da Jack Daniel e da Harley-Davidson.

Para que procura o que fazer em Nashville, Tennessee, e gosta de artes, o principal museu de artes da cidade organiza diversas exposições temporárias ao longo do ano, que podem durar até três meses. Fica em um prédio de mármore branco, onde funcionou o correio da cidade.

Este bairro é todo transado e conta com vários murais. Não é raro ver a galera fazendo fila para tirar fotos com fundos coloridos ou asinhas de anjos. Ali também há bons restaurantes e honky tonks. Vale a pena colocar na lista de o que fazer em Nashville, Tennessee.

Situada em frente ao Country Music Hall of Fame, esta é a casa dos Predators, o time de hóquei no gelo de Nashville. Se estiver na cidade durante a temporada, vale a pena conferir uma partida.

Uma publicação compartilhada por Bobby Hotel (@bobbyhotel)

Luxuoso, tem estilo de hotel-butique e fique no centro de Nashville. Tem piscina, um bar todo colorido e quartos enfeitados com motivos musicais.

Uma publicação compartilhada por Westin Nashville (@westinnashville)

Na região do SoBro, segue o padrão da rede, com quartos confortáveis. Destaque para a piscina, no alto do prédio.

O grande barato deste hotel é que ele fica no The Gulch, uma das áreas mais transadas para quem procura o que fazer em Nashville, Tennessee. Tem quartos simples, porém confortáveis.

A reportagem sobre o que fazer em Nashville, Tennessee, foi publicada originalmente na revista Viaje Mais, parceria do Rota de Férias.

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