Glossário de arquitetura: conheça o significado de 50 termos específicos - Casa e Jardim | Arquitetura

2022-04-19 07:37:46 By : Mr. Yi Gong

Projeto do escritório Nitsche Arquitetos (Foto: Nelson Kon/ Divulgação)

No dia 15 de dezembro é comemorado o Dia Mundial da Arquitetura. Pensando nisso, elencamos uma série de termos que devem aparecer durante uma obra ou reforma e podem até soar estranhos, mas são considerados comuns dentro deste universo. Para não ficar confuso, vale ter este glossário em mãos e consultar sempre que surgir alguma dúvida. 1. Aclive: é um termo geralmente utilizado para dizer que o terreno é íngreme, ou seja, uma ladeira. Na prática, significa que o terreno está acima do nível da rua.

2. Aglomerado: é o resultado da prensagem de resíduos da madeira, como serragem e pó com resina e cola.

3. Cimento polimérico: A diferença entre este e o cimento queimado é a adição de um polímero que traz elasticidade à massa e aumenta sua resistência. Consiste em uma película aplicada sobre o contrapiso ou até mesmo um piso que não seja liso. Também é recomendado para revestir paredes. "Ele te dá um pouco mais de controle sobre o resultado. É possível escolher o aspecto de mais ou menos manchado", afirma Gustavo Calazans.

4. Cimento queimado: é um acabamento para a casa. Do lado funcional tem a grande vantagem de poder ser usado praticamente em todos os ambientes da casa já que se comporta bem em relação aos diferentes usos. Por ser barato, sustentável e descolado, ele tem sido cada vez mais usado para revestir o chão, as paredes e os móveis de alvenaria.

5. Cobogó: esses elementos são estruturas vazadas que favorecem a ventilação e o aproveitamento da luz, com muito charme e design. Originalmente, eles são feitos de cimento e tijolos, mas também podem ser projetados com cerâmica e madeira. O conceito mistura a bossa modernista com detalhes da arquitetura colonial, criando uma estética cheia de identidade.

6. Compensado: o material é composto por chapas de madeira sobrepostas e perpendiculares entre si, unidas por cola e prensadas com calor. Pode ser usado para móveis, pisos, forros, portas e bancadas, entre outros.

7. Contrapiso: é uma camada de argamassa aplicada sobre uma base no piso, como uma laje estrutural ou lastro de concreto. Tem a finalidade de regularizar, nivelar e dar caimento ao piso, servindo geralmente de substrato para um posterior acabamento.

8. Corian: superfície sólida composta por minerais naturais derivados da bauxita, resina acrílica para unir as partículas e pigmentos especiais. Pode ser aplicado em áreas internas e externas, revestindo pisos, bancadas, paredes, tampos, frontões, fachadas e na criação de móveis. Tem baixíssima absorção de líquidos e alta resistência a desgastes, riscos e impactos. É encontrado em 27 cores, e as emendas das placas são praticamente imperceptíveis. Por ter resina em sua composição, apresenta problemas com o calor em excesso.

9. Declive: é um termo geralmente utilizado para dizer que o terreno é íngreme. Na prática, significa que o terreno está abaixo do nível da rua.

10. Dekton: revestimento feito a partir da mistura das matérias-primas utilizadas para fabricar vidro, porcelana e superfícies de quartzo. Pode ser aplicado em áreas internas ou externas, em pisos, paredes, bancadas, móveis, fachadas, calçadas, garagens, móveis e até como revestimento de piscinas. Diferentemente das outras superfícies sólidas, não utiliza resina em sua composição.

Quintal assinado por Mauricio Prada (Foto: Edu Castello / Editora Globo)

11. Deque: é uma estrutura similar a um pavimento, geralmente construída de madeira e sempre ao ar livre. Suporta peso e pode ser decorado com plantas, bancos e mesinhas.

12. Drywall (gesso acartonado): é uma tecnologia que substitui a alvenaria convencional em ambientes internos e pode ser utilizado em paredes, revestimentos ou tetos. Composto por chapas de gesso parafusadas em estruturas de aço, é um método que não utiliza água, gera poucos resíduos na obra e torna a construção mais rápida, barata e leve. “A principal vantagem do Drywall é a leveza, que possibilita maior flexibilidade no layout e uma execução da obra até quatro vezes mais rápida”, destaca Rodrigo Bergami Trevizani, coordenador de marketing e produtos da Knauf. 

13. Edícula: pequena casa no fundo de um terreno. Geralmente tem entrada e saída independente e é composta por sala, quarto, cozinha e banheiro. Em algumas casas, ela é conjugada com a garagem e a área de serviço.

14. Esquadria: as esquadrias são ótimas opções para separar os ambientes com estilo. Elas funcionam como divisórias abertas para tornar o local mais arejado e com aquela sensação de amplitude. Elas são como janelas que podem ser instaladas no interior do teto ao chão, fazendo com que sua casa se torne mais moderna e organizada. 

15. Forro de gesso: revestimento do teto com gesso, que promove o isolamento térmico entre o telhado e o piso. Se o pé-direito do ambiente for maior que 2,60 m, é possível criar um forro de gesso de 13 cm para embutir a iluminação. Se a altura for mais baixa, esqueça o forro. 

16. Granilite: é um revestimento feito a partir de uma mistura de cimento branco ou comum, areia e água. O granilite leva pedras de diferentes tamanhos como granito, mármore, quartzo e outros minerais – até vidro. Com cores e texturas variadas, ele pode ser encontrado em sua versão polida, ideal para os interiores, lavado ou fulgê - nesta última, as irregularidades dos grânulos são mantidas, garantindo uma superfície áspera e antiderrapante, ideal para revestir rampas, escadas e outras áreas externas.

17. Granito: é uma rocha natural composta essencialmente de quartzo, mica e feldspato. Tem baixo índice de porosidade e demonstra alta resistência a desgastes, riscos e impactos. É uma ótima opção para ambientes interno e externos, considerando qualidade, custo-benefício e fácil manutenção. Vale destacar que as cores mais claras tendem a ser mais porosas, assim, se a limpeza não for diária, a pedra vai manchar mais facilmente. Não tem tonalidade homogênea, já que apresenta aparência granulada, com pontos pretos em sua composição.

18. Isolamento acústico: é a solução estrutural voltada para o ruído externo ao apartamento ou a transmissão de barulho de um espaço para outro. Geralmente, as soluções para o isolamento acústico são mais custosas por envolverem reformas estruturais, como paredes duplas, portas e janelas acústicas e mantas resilientes, entre outros.

Junta seca:  é a menor largura possível de um rejunte (2 mm). Isso reduz a aparência de sujeira e gera um acabamento mais elegante e homogêneo.

19. Ladrilho hidráulico: são peças de cimento totalmente artesanais que encantam pelo colorido e desenhos que formam nos espaços. Por ser um pouco maior que os tradicionais, este modelo é mais indicado para ambientes amplos. Uma dica é a estampa geométrica, que deixa a decoração moderna e unifica os ambientes.

20. Laje: lajes são estruturas que realizam a interface entre pavimentos de uma edificação, podendo dar suporte a contrapisos ou funcionar como teto. Não tem espaço para o quiintal? Saiba que a cobertura pode e deve ser aproveitada! Para quem mora em casa ou apartamentos com mais de um andar, a laje se transforma em teto verde, área de lazer particular, jardim e chega a ganhar até piscina.

21. Laminado: o piso laminado é composto por diversas camadas de derivados da madeira, em larguras e comprimentos variados. Sua cobertura é protegida por uma resina malamínica e é possível encontrar diversas opções de cores, acabamentos e estampas. Ele oferece a comodidade de poder ser usado no dia seguinte à sua instalação, assim como de ser retirado em caso de mudança.

22. Limestone: rocha natural formada por grãos de calcário. Preferencialmente indicada para ambientes internos, como pisos, revestimentos de parede, soleiras, bancadas, frontões, mesas e balcões. É um material nobre, que não absorve calor, tem elevada durabilidade e aspecto homogêneo, mas baixa resistência a impactos e alto grau de absorção de líquidos.

O piso de madeira de demolição elevado 20 cm salienta a divisão entre área íntima e living. O armário em pinus maciço foi desenhado pelo escritório Tripper Arquitetura (Foto: Julia Ribeiro/Divulgação)

23. Madeira de demolição: o revestimento vem da extração da demolição de algumas casas, galpões ou até edifícios, podendo ter sido retirado de vigas e assoalhos. Por vir da restauração e do reaproveitamento, a sustentabilidade é a palavra-chave para definir a madeira de demolição, que tem aparecido cada vez mais em construções e projetos de arquitetos renomados.

24. Mármore: rocha natural originada de calcário exposto a altas temperaturas e pressão, o mármore tem aparência mais homogênea que o granito, com veios expostos, e pode ser encontrado em muitas variações de cores e texturas. Com conotação sofisticada, o material deve ser usado preferencialmente em ambientes internos, já que em áreas externas pode apresentar alterações de cor graças à ação do tempo, dos raios solares e da poluição. Também não é indicado em áreas de tráfego intenso, pois se desgasta mais facilmente.

25. MDF: são chapas formadas por fibras de madeira unidas através de resina sintética e compactadas pela ação da pressão e calor. O resultado é bastante uniforme e tem bom acabamento e durabilidade. Como as fibras são aleatórias, isso permite o corte na máquina em diferentes direções e uma superfície lisa ao toque.

26. MDP: é feito a partir das lascas de madeira que também se fundem com a resina e formam uma placa menos homogênea e com mais espaçamentos. Seu material é um pouco mais leve, portanto melhor para a fabricação de peças grandes e retas como painéis e portas. Quanto ao revestimento, as placas de MDP recebem bem os laminados de alta pressão, pinturas ou impressões, já que sua superfície é mais porosa. A maior vantagem desse material é a resistência ao peso: dificilmente arqueia, por isso funciona bem para formar estantes. 

27. Mezanino: no meio do caminho entre dois pavimentos, o mezanino já é por definição um espaço coringa. Com uma vista privilegiada do andar térreo, ele pode abrigar desde a sala de estar ao salão de jogos, chegando a compor a decoração para quem observa o conjunto da obra debaixo.

28. Muxarabi: clássico da arquitetura árabe, o muxarabi é uma estrutura trazida ao Brasil pelos portugueses. Consiste em um fechamento em forma de treliça, geralmente feito de madeira, que pode assemelhar-se ao cobogó. Seu diferencial é permitir a visão do lado externo por quem está dentro, mas impedir o contrário, preservando a intimidade dos moradores. Tradicionalmente, era usado para proteger as mulheres de olhares masculinos. Além de conferir privacidade, o muxarabi favorece a ventilação e a iluminação, enquanto bloqueia parcialmente o calor.

29. Osb: mais usado em tapumes de obras ou como elemento estrutural, que fica escondido, o aglomerado de madeira é, no entanto, uma opção bastante versátil. As placas têm baixo custo em relação às estruturas maciças ou chapas metálicas. Em função de sua composição, pedaços de madeira prensados com resina, ele é um ótimo isolante térmico e acústico e também é considerado um material sustentável, já que é feito com matéria-prima de reflorestamento.

João Velloso e José Oliveira assinam o quarto de dormir com destaque para o painel de pallets (Foto: Divulgação)

30. Pallet: são estruturas geralmente feitas de madeira, as quais são comumente usadas para armazenar e transportar produtos. Você vai reconhecê-los dos caixotes das feiras, mas, como tudo é possível na decoração, os pallets podem ser trazidos para dentro de casa, servindo como material para mesas de centro, fruteiras, cabeceiras e até revestimento para paredes. A grande vantagem é o baixo custo e a fácil adaptação, podendo receber diferentes acabamentos, como verniz e camadas de tinta.

31. Pergolado: os pergolados são estruturas de madeira, ferro ou bambu que protegem contra o excesso de sol e chuva, incrementam o espaço e ainda servem como suporte para plantas no jardim. O paisagista Roberto Riscala já optou, em um de seus projetos, pela pérgola com estrutura de ferro e cobertura de bambu: “Ela é muito durável. Além disso, dá charme e encanto ao ambiente”, diz o profissional.

32. Persiana: é um tipo de cortina prática e versátil, pois se encaixa em muitos projetos, do living à cozinha, do quarto à varanda. As persianas controlam a entrada de luz sem comprometer a vista externa, além de proteger os móveis e objetos. “O modelo tem de se adaptar ao gosto, à solução, à proteção e à decoração da casa”, diz Graziella Castanheira, diretora de marketing da fabricante Uniflex.

33. Piso monolítico: os pisos monolíticos são aqueles contínuos, ou seja, não tem emendas entre si. Eles proporcionam unidade estética e sensação de amplitude. A dica principal para os casos cimentícios, segundo o arquiteto Gustavo Calazans, é adicionar a cada metro uma junta de dilatação para nivelar e evitar rachaduras.

34. Pivotante: estruturada sobre um pino-pivô, possui uma maior amplitude de giro, projetando parte de seu corpo para fora e permitindo que vãos mais largos sejam atendidos. Portas e janelas deste modelo têm grande apelo estético. Feita sob medida, conta com um custo mais elevado.

35. Porcelanato: é um revestimento usado em projetos residenciais e comerciais, conhecido por sua grande resistência e por ser uma alternativa esteticamente agradável à pedras mais nobres. Sua base é mais rígida e tem cerca de 1 cm de espessura. Essa resistência também possibilita que ele seja cortado na máquina, com perfeitos ângulos de 90º, enquanto a cerâmica tradicional se assemelha a um bolo feito em casa, com bordas mais irregulares. Dica: na hora de escolher, peça para ver a amostra no chão, porque é a essa distância que você irá encará-la no dia a dia.

36. Porta-balcão: também conhecida como francesa, tem inspiração clássica e abertura em duas folhas. É muito utilizada em varandas e em combinações com mais de um tipo de folha.

37. Porta-camarão: é aquela que dobra longitudinalmente ao abrir, economizando espaço. Indicada para ambientes menores, ela não compromete a circulação, mas também não veda tão bem o som e pode ser pouco prática de manusear.

38. Reboco: em construção civil, é um tipo de argamassa com a qual se alisam as paredes, preparando-a para receber a cal ou a pintura. Em cerâmica, também denomina a substância com que se reveste o interior de um vaso, impermeabilizando-o. 

39. Rejunte: é uma parte fundamental na instalação do revestimento. Ele garante que, ao final da obra, você não sofra com o descolamento ou ainda com mofo ou bolor. Existem três tipos de rejunte mais comuns no mercado de construção: cimentício, acrílico e epóxi. “Hoje há, ainda, dezenas de cores, inclusive alguns fabricantes produzem rejuntes especialmente na cor que você deseja”, destaca a arquiteta Cristiane Schiavoni.

40. Rodapé: são peças de cerâmica, porcelanato, PVC ou madeira que são colocados no ponto de encontro entre a parede e o piso. O arquiteto Diego Revollo explica que o rodapé precisa ser pensado junto a outros acabamentos, como piso, portas e guarnições. Para um resultado mais clássico e tradicional, prefira modelos altos, laqueados de branco ou outra cor clara, combinando com portas e guarnições no mesmo tom.

41. Sacada: diferente da varanda, a sacada não segue o alinhamento da parede, sendo, na maioria dos casos, ligada a portas ou janelas. Ao olhar para um edifício, a impressão que fica é a de que a sacada está para fora do apartamento. 

O piso de seixos rolados acrescenta textura e cor ao caminho no projeto de Mauricio Prada (Foto: Ilana Bessler / Divulgação)

42. Seixo: chama-se de seixo todo fragmento de mineral ou de rocha, menor do que bloco ou rocha e maior do que grânulo. Seu uso é comum em jardins, especialmente em coberturas, onde a implantação de grama é mais complexa. 

43. Silestone: revestimento composto por quartzo natural (mais de 90%), resina de poliéster para conectar as partículas e pigmentos especiais. Indicado sempre para ambientes internos, revestindo pisos, paredes, tampos, móveis, frontões e bancadas. Apresenta baixíssima absorção de líquidos e alta resistência a desgastes, riscos e impactos.

44. Sótão: um espaço entre o forro e o telhado. É o último andar de uma casa ou edifício.

45. Terraço: a estrutura do terraço fica na parte de cima da construção, proporcionando uma vista para o lado externo. É comum os terraços possuírem jardins e até piscina. 

46. Trilho eletrificado: é uma peça que consiste em uma haste metálica responsável por abrigar a fiação elétrica e sustentar spots ou plafons de diversos tipos, ângulos e aberturas. Na estrutura é possível modificar posição, foco e quantidade de spots de modo a adaptar a iluminação a possíveis mudanças no espaço. “Os trilhos costumam ser mais explorados em salas de estar e quartos, mas servem bem a qualquer tipo de espaço, com exceção daqueles sujeitos a intempéries ou vapor d’água, como áreas externas e banheiros”, alerta Gabriela Tiemi, analista de design e tendências da Yamamura. 

47. Varanda: considerada uma extensão da casa, normalmente as varandas ficam na frente das casas ou ligadas a um cômodo de entrada, quando se trata de apartamentos. São espaços abertos, que nos últimos anos ganharam uma nova categoria: varanda gourmet. O cômodo também pode ser útil para aumentar a metragem da sala, quando a área interna é apertada. 

48. Veneziana: modelo de esquadria que permite ventilação do ambiente interno ao mesmo tempo que o escurece e o protege da chuva. Por outro lado, não veda bem o som.

49. Viga: é um elemento estrutural sujeito a cargas transversais. Geralmente, feitas de concreto, madeira ou aço, quando expostas, podem ser um elemento atual, interessante e decorativo.

50. Vinílico: feito com cloreto de vinila ou PVC, o piso vinílico ajuda a abafar ruídos (como os dos sapatos e dos pets correndo) e a manter uma temperatura agradável. Há diversas opções de cores e texturas e pode ser aplicado em contrapisos ou superfícies lisas, como cerâmica ou pedras polidas, mas não é recomendável sobre materiais que possam apodrecer com maior facilidade, como a madeira. É antialérgico, tem alta durabilidade e sua colocação é rápida e fácil (se o local já estiver nivelado). É comercializado no formato de manta ou de placas.